sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Descontinuidades

Mesmo quando uma sucessão litológica é homogénea, continua, quase nunca representa uma acumulação ininterrupta de sedimentos. As descontinuidades são quase sempre perceptíveis ainda que com valores muito diferentes (ausência de depósito, erosão, dissolução diagenética, etc.) e com materialização muito diferente (simples junta de estratificação, superfície de ravinamento, mudança litológica, discordância angular, etc.).


Classificam-se em:


Descontinuidades sedimentares


Corresponde a um intervalo de tempo muito curto , em que há descontinuidade entre duas lâminas.
Podem corresponder a simples ausência de deposição (descontinuidade passiva) ou a destruição parcial ou total da lâmina anterior (descontinuidade erosiva).


Descontinuidades estratigráficas

Quando duas unidades são separadas por um intervalo de tempo considerável diz-se que há descontinuidade estratigráfica (ausência de uma biozona, p. ex.).


Descontinuidades diastróficas

Quando à ausência de determinada unidade geológica se junta deformação tectónica (discordância angular).





Referências:


http://moodle.fct.unl.pt/mod/resource/view.php?id=132869

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Estratigrafia e Princípios fundamentais

Estratigrafia é um ramo da geologia que estuda as camadas rochosas, procurando determinar os processos e eventos que as levaram a ser formadas através da observação das unidades litológicas e das suas propriedades. O seu objectivo é chegar à reconstituição da História do planeta Terra.

Subdivide-se em dois ramos Litoestratigrafia e Bioestratigrafia. A primeira baseia-se na análise das propriedades física ou químicas das rochas, enquanto que a segunda no estudo das evidências fósseis gravadas nas mesmas.
Assim, criou-se uma escala de tempo geológico, que serve de referencial temporal não só à geologia como também à paleontologia.




Princípios Fundamentais:

Princípio do uniformitarismo (actualismo)

Idealizada por James Hutton, o pai da geologia moderna, afirma que os acontecimentos do passado são resultado de forças da natureza idênticas às existentes no presente (Actualismo geológico) e que os acontecimentos geológicos são resultado de processos lentos e graduais (Gradualismo).

“O presente é a chave do passado”, James Hutton.
Fig1 - James Hutton




Princípio da sobreposição

Toda a camada sobreposta a outra, em condições normais, é mais recente do que a anterior mas durante a actividade tectónica é muito ocorrente as camadas serem dobradas. Os geólogos têm sempre em atenção essas ocorrências. Características como marcas de ondulação (ripple marks), estratificação cruzada e orientação de conchas fósseis indicam se os estratos estão invertidos ou se encontram na sua posição original.


Fig2 - Sobreposição dos estratos



Princípio da continuidade lateral

Uma camada tem a mesma idade em todos os seus pontos, implicando que os limites inferior e superior de uma camada representem superfícies isócronas.
Completa o princípio da sobreposição, pois possibilita a extensão lateral das observações na mesma bacia sedimentar.

Fig3 - Princípio da continuidade lateral







Princípio da identidade paleontológica

Os estratos com o mesmo conteúdo fossilífero são da mesma idade. Este princípio admite que os grupos de fósseis surgem numa ordem definida, podendo reconhecer-se um determinado período de tempo pelas suas características.




Fig4 - Princípio da idade paleontológica



Princípio da intersecção
Sempre que uma unidade geológica é intersectada por outra, esta é-lhe anterior.
Exemplo filões, falhas
Fig5 - Princípio da intersecção



Princípio da inclusão

o estrato que apresenta a inclusão é mais recente que os fragmentos do estrato incluído.





Fig6 - Princípio da inclusão













Referências:


http://pt.wikipedia.org/wiki/Estratigrafia
http://www.slideshare.net/catir/princpios-estratigrficos
http://moodle.fct.unl.pt/mod/resource/view.php?id=132870