Citando, Vera Torres, J.A. - Estratigrafia: princípios y métodos - Editorial Rueda, Madrid 1994, A lei de Walther é uma expressão do conceito geral de polaridade sedimentar que se refere, exclusivamente, às associações de fácies nas descontinuidades estratigráficas e materiais dentro da mesma região. Argumenta que, nestas condições, com grande frequência "Fácies encontradas sobrepostas encontram-se justapostas com a mesma direcção".
Ou seja, a Lei de fácies de Walther é o princípio de que fácies que ocorrem em sucessões verticais concordantes também ocorrem em ambientes lateralmente adjacentes.
Fig1- Bacia de Illinois, exemplificando a lei de Walther
Referências:
Vera Torres, J.A. - Estratigrafia: princípios y métodos - Editorial Rueda, Madrid 1994
http://vsites.unb.br/ig/glossario/verbete/lei_de_Walther.htm
sábado, 20 de novembro de 2010
domingo, 14 de novembro de 2010
Unidades Estratigráficas
Correspondem à caracterização hierarquizada de unidades geológicas com base em características litológicas, físico-químicas e/ou cronológicas.
Objectivas:
• Litostratigráficas, baseadas na litologia (grupo, formação, membro)
• Biostratigráficos, baseados no conteúdo fossilífero (biozonas)
• Cronostratigráficos, baseadas nas relações de idade (eonotema, eratema, sistema, série, andar)
Abstractas (temporais):
• Geocronológicas, é o tempo correspondente às unidades cronostratigráficas (eon, era, período, época, idade)
• Biocronológicas, é o tempo correspondente às unidades biostratigráficas
Outras:
• Unidades litodémicas, baseadasna litologia e constituídas por campos líticos que não respeitam o princípio da sobreposição (conjunto("suite"), litodema, zonas)
• Unidades magnetostratigráficas, baseados na polaridade magnética
• Unidades alostratigráficas, conjuntos líticos separados por descontinuidades (sistemas, subdivisão em intertemas, sequências)
• Unidades tectóno-sedimentares, conjuntos líticos depositados com controlo tectónico. (episódios orogénicos, ciclos epidogénicos, variações eustáticas do nível do mar)
• Unidades pedostratigráficas - paleossados; unidades baseadas nas propriedades eléctricas, sísmicas, minerais pesados, etc. (zonas).
Referências:
Glossário geológico:
http://vsites.unb.br/ig/glossario/verbete/unidades_estratigraficas.htm
http://moodle.fct.unl.pt/mod/resource/view.php?r=87171
Objectivas:
• Litostratigráficas, baseadas na litologia (grupo, formação, membro)
• Biostratigráficos, baseados no conteúdo fossilífero (biozonas)
• Cronostratigráficos, baseadas nas relações de idade (eonotema, eratema, sistema, série, andar)
Abstractas (temporais):
• Geocronológicas, é o tempo correspondente às unidades cronostratigráficas (eon, era, período, época, idade)
• Biocronológicas, é o tempo correspondente às unidades biostratigráficas
Outras:
• Unidades litodémicas, baseadasna litologia e constituídas por campos líticos que não respeitam o princípio da sobreposição (conjunto("suite"), litodema, zonas)
• Unidades magnetostratigráficas, baseados na polaridade magnética
• Unidades alostratigráficas, conjuntos líticos separados por descontinuidades (sistemas, subdivisão em intertemas, sequências)
• Unidades tectóno-sedimentares, conjuntos líticos depositados com controlo tectónico. (episódios orogénicos, ciclos epidogénicos, variações eustáticas do nível do mar)
• Unidades pedostratigráficas - paleossados; unidades baseadas nas propriedades eléctricas, sísmicas, minerais pesados, etc. (zonas).
Referências:
Glossário geológico:
http://vsites.unb.br/ig/glossario/verbete/unidades_estratigraficas.htm
http://moodle.fct.unl.pt/mod/resource/view.php?r=87171
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Geocronologia
A geocronologia é ciência que estuda métodos de determinar o tempo geológico, registrado nas rochas.
Durante a existência do ser humano, várias maneiras de se "contar" o tempo geológico foram idealizadas. As primeiras propostas, anteriores ao Iluminismo e à revolução industrial, eram baseadas nas escrituras bíblicas e promulgavam que a Terra teria aproximadamente 6.000 anos. O Arcebispo Usher (1581-1656), declarou que a Terra teria sido criada na noite anterior ao dia 23 de Outubro, um Domingo, do ano 4004 antes de Cristo.
Com o avanço da ciência outros meios foram divulgados para se calcular a idade da Terra. Uma delas foi calcular o tempo necessário para que o mar se tornasse salgado, pressupondo que este teria sido doce no início e que o sal teria sido levado pelos rios, a partir da dissolução das rochas aflorantes nos continentes. O cálculo obtido em 1899 indicou que a água do mar teria cerca de 90 milhões de anos. Mas, com o tempo, os pesquisadores descobriram que o sal das rochas não vai directamente para o mar, ou seja, o mar não é a fase final, ele pode ser reciclado. Além disso, descobriram também que o sal do mar também é proveniente do manto e que a salinidade da água do mar é constante no tempo.
Atualmente, existem dois modos de saber a idade de uma rocha:
O método relativo observa a relação temporal entre camadas geológicas, baseando-se nos princípios estratigráficos de Steno (1669) e Hutton (1795). Por exemplo, a presença de fósseis, onde se conhece o período de tempo de existência dos mesmos, pode-se indicar a idade da camada geológica em que o fóssil foi encontrado e por relação, indicará que a camada que está abaixo dessa é mais velha e a camada que está por cima é mais nova.
O método absoluto utiliza os princípios físicos da radioatividade e fornece a idade da rocha com precisão. Esse método está baseado nos princípios da desintegração radioativa. Desta maneira, o uso desse método, só foi possível depois da descoberta da radioatividade (1896), no final do século XIX. Em 1911, Arthur Holmes, publicou um trabalho sobre datação radioativa. Dentre os elementos químicos existentes, há alguns que possuem o núcleo do átomo instável e são conhecidos como nuclídeos radioativos. Estes elementos, através da emissão espontânea de radiação, se transformam em elementos estáveis (nuclídeos radiogenicos). Dessa maneira o elemento-pai (radioativo) se desintegra emitindo radiação e se transforma no elemento-filho (radiogenico), como o 87Rb quando se transforma em 87Sr.
Durante a existência do ser humano, várias maneiras de se "contar" o tempo geológico foram idealizadas. As primeiras propostas, anteriores ao Iluminismo e à revolução industrial, eram baseadas nas escrituras bíblicas e promulgavam que a Terra teria aproximadamente 6.000 anos. O Arcebispo Usher (1581-1656), declarou que a Terra teria sido criada na noite anterior ao dia 23 de Outubro, um Domingo, do ano 4004 antes de Cristo.
Com o avanço da ciência outros meios foram divulgados para se calcular a idade da Terra. Uma delas foi calcular o tempo necessário para que o mar se tornasse salgado, pressupondo que este teria sido doce no início e que o sal teria sido levado pelos rios, a partir da dissolução das rochas aflorantes nos continentes. O cálculo obtido em 1899 indicou que a água do mar teria cerca de 90 milhões de anos. Mas, com o tempo, os pesquisadores descobriram que o sal das rochas não vai directamente para o mar, ou seja, o mar não é a fase final, ele pode ser reciclado. Além disso, descobriram também que o sal do mar também é proveniente do manto e que a salinidade da água do mar é constante no tempo.
Atualmente, existem dois modos de saber a idade de uma rocha:
O método relativo observa a relação temporal entre camadas geológicas, baseando-se nos princípios estratigráficos de Steno (1669) e Hutton (1795). Por exemplo, a presença de fósseis, onde se conhece o período de tempo de existência dos mesmos, pode-se indicar a idade da camada geológica em que o fóssil foi encontrado e por relação, indicará que a camada que está abaixo dessa é mais velha e a camada que está por cima é mais nova.
O método absoluto utiliza os princípios físicos da radioatividade e fornece a idade da rocha com precisão. Esse método está baseado nos princípios da desintegração radioativa. Desta maneira, o uso desse método, só foi possível depois da descoberta da radioatividade (1896), no final do século XIX. Em 1911, Arthur Holmes, publicou um trabalho sobre datação radioativa. Dentre os elementos químicos existentes, há alguns que possuem o núcleo do átomo instável e são conhecidos como nuclídeos radioativos. Estes elementos, através da emissão espontânea de radiação, se transformam em elementos estáveis (nuclídeos radiogenicos). Dessa maneira o elemento-pai (radioativo) se desintegra emitindo radiação e se transforma no elemento-filho (radiogenico), como o 87Rb quando se transforma em 87Sr.
Tabela 1 - Valores das meia-vidas dos elementos radiotivos
Figura 1 - Comportamento da proporção elemento-pai e elemento-filho de uma amostra em relação à meia-vida, desde a época de formação (cistalização dos minerais) da rocha até hoje.
A idade da Terra foi calculada pelo método absoluto e indica que o nosso planeta tem 4,56 bilhões de anos, portanto bem mais velho do que os estudiosos antigos imaginavam. Porém o registo mais antigo do planeta, determinado em cristais contidos em rocha, tem 4,4 bilhões (Austrália). A Terra está em constante mudança como resultado, rochas que registam a história embrionária do planeta não foram encontradas e provavelmente não existem mais. Portanto, a idade da Terra não pode ser obtida directamente de material terrestre.
Referências:
http://www.slideshare.net/anabzizou/tempo-geologico
http://www.igc.usp.br/index.php?id=304
http://pt.wikipedia.org/wiki/Geocronologia
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