quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Fósseis e Fossilização

Fóssil – restos de seres vivos ou vestígios de actividades biológicas (ex: ovos, pegadas) preservados como moldes nas rochas ou em outros fósseis.


Tipos de Fósseis:

Existem dois tipos básicos de fósseis: os icnofósseis e os somatofósseis

• Icnofóssil: Fóssil de vestígios de actividade biológica de organismos do passado. Por exemplo, fósseis de pegadas, de marcas de mordidas, de ovos, de excrementos, secreções urinárias, de túneis e de galerias de habitação, etc.



Img 1 - Cruziana em Penha Garcia. Exemplo de um icnofóssil


• Somatofóssil: Fóssil de restos somáticos (do corpo) de organismos do passado. Por exemplo, fósseis de dentes, de carapaças, de folhas, de conchas, de troncos, etc.

Img 2 - Fóssil (somatofóssil) da carapaça de ouriço-do-mar do género Clypeaster.


Os fósseis dão-nos importantes evidências que ajudam a determinar o que aconteceu ao longo da história da Terra e quando aconteceu.

Processos de fossilização:

• Moldagem – as partes duras dos organismos desaparecem deixando nas rochas as suas impressões

• Mineralização – os materiais originais que constituem o ser vivo são substituídos por outros mais estáveis

• Conservação – o material original do ser vivo conserva-se parcial ou totalmente nas rochas ou em outros materiais


Tafonomia

A Tafonomia do grego tafós (sepultamento) + nómos (lei) é a disciplina paleontológica que se ocupa do estudo dos processos de transferência dos restos e dos vestígios biológicos (ou melhor, da informação biológica) da Biosfera do passado para a Litosfera do presente.
Ou seja, a Tafonomia estuda os processos de formação dos fósseis, desde o momento em que um dado resto ou vestígio biológico é produzido até que o encontramos, fossilizado, no registo fóssil.

Referências:

VERA TORRES, J. A. (1994) - Estratigrafia, principios e métodos. Ed. Rueda, Madrid

Desconhecido. (2010). Retrieved from:
http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%B3ssil

Carlos Marques da Silva. (2008). Retrieved from:
http://webpages.fc.ul.pt/~cmsilva/Paleotemas/Indexpal.htm

Tabithá Caetano. (2008). Retrieved from:
http://gondwana2008.blogspot.com/2008/12/fsseis-e-fossilizao.html

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Ciclos Eustáticos

Eustasia- termo usado para designar o processo que se traduz no movimento eustático, ou seja na variação global relativa do nível do mar.
A eustasia consiste numa alteração do nível das águas do mar em relação ao nível da terra firme, causada por variações do volume de água no oceano global ou por variação do volume global das bacias oceânicas.

Causas dos movimentos eustáticos

As principais causas de variação eustática são:


• Variação da quantidade de água presente nos oceanos, devido a mudanças climáticas. Estas provocam o aprisionamento da água sob a forma de gelo ou a sua libertação por fusão
• Mudança do volume das bacias oceânicas
• Libertação ou aprisionamento de grandes volumes de água em lagos ou mares interiores
• Alteração do volume das águas do mar devido à expansão ou contracção térmica causada pela variação significativa da sua temperatura (a nível global). O processo é em geral designado por estereoeustasia, por depender de variações volúmicas, causando regressão ou transgressão consoante haja contracção ou expansão


Referências:

João Brissos. (2008). Retrieved from
http://geostoriaestpal.blogspot.com/2008/11/ciclos-eustticos.html

Desconhecido. (2009). Retrieved from
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eustasia

domingo, 19 de dezembro de 2010

Métodos Estratigráficos

Os métodos estratigráficos dividem-se em químicos, físicos e paleontológicos.
Neste post falarei de alguns métodos físicos.

Depósito de varvas:

Varvas- depósitos sedimentares finos, rítmicos. A sua cor varia consoante o seu teor de matéria orgânica entre tons mais claros e mais escuros. A sua ciclicidade indica os períodos sazonais nos quais as zonas mais claras são as temporadas mais quentes e as mais escuras as temporadas mais frias.


Dendrocronologia:

Este método diz respeito ao crescimento de árvores. Anualmente formam-se anéis de crescimento das árvores. A sua espessura pode variar, com condições favoráveis esta é maior do que em condições que não são tão vantajosas que torna os anéis menos espessos.

Liquenometria:

Usado principalmente no estudo de avanços glaciares. Este método avalia o diâmetro de liquens de grande longevidade.

Tefrocronologia:

Método que implica a individualização das camadas de tefra (material peroclástico projectado em erupções vulcânicas) que forma uma camada utilizada como guia em estudos estratigráficos.

Radiocronologia:

Usualmente chamada como “datação absoluta” é feita pelo estudo de elementos isótopos no processo de decaimento radioactivo.

Magnetostratigrafia:

Estuda as características magnéticas de rochas com diferentes idades. Sabe-se que há inversões na polaridade do campo magnético terrestre, ciclicamente.
Diz-se polaridade normal quando esta é igual à actual (o fluxo do campo magnético vão do pólo Sul magnético ao Norte magnético). Quanto a polaridade inversa, é o opsto.

Resistividade:

A resistividade eléctrica dos materiais é uma medida correspondente à reacção que estes têm ao fluxo de corrente eléctrica. As rochas possuem uma alta resistividade. No entanto, nem todas correspondem da mesma maneira, podendo tornar-se uma característica que pode diferenciar camadas sem estarem afloradas.

Estratigrafia Sísmica:

Consiste na emissão, recepção e registo de ondas que atravessam o material. Este corresponde de maneira diferente conforme a sua estrutura e constituição. Desta forma, é possível identificar estruturas constituintes do subsolo.

Termoluminiscência:

Propriedades que os minerais têm ao emitir luz quando expostos a baixas temperaturas. Através da comparação da intensidade da radiação nuclear com a da termoluminiscência pode determinar-se a idade do último aquecimento de o mineral sofreu. É útil, essencialmente, para a arqueologia e vulcanologia.


Referências:

VERA TORRES, J. A. – Estratigrafia: Principios y métodos – Editorial Rueda, 1994, Madrid

http://geopor.pt/gne/geocabula/faqs/tilito.html

http://www.oceanografia.ufba.br/ftp/Geologia_Marinha/AULA_6%20_Metodos_Datacao.pdf