Os métodos estratigráficos dividem-se em químicos, físicos e paleontológicos.
Neste post falarei de alguns métodos físicos.
Depósito de varvas:
Varvas- depósitos sedimentares finos, rítmicos. A sua cor varia consoante o seu teor de matéria orgânica entre tons mais claros e mais escuros. A sua ciclicidade indica os períodos sazonais nos quais as zonas mais claras são as temporadas mais quentes e as mais escuras as temporadas mais frias.
Dendrocronologia:
Este método diz respeito ao crescimento de árvores. Anualmente formam-se anéis de crescimento das árvores. A sua espessura pode variar, com condições favoráveis esta é maior do que em condições que não são tão vantajosas que torna os anéis menos espessos.
Liquenometria:
Usado principalmente no estudo de avanços glaciares. Este método avalia o diâmetro de liquens de grande longevidade.
Tefrocronologia:
Método que implica a individualização das camadas de tefra (material peroclástico projectado em erupções vulcânicas) que forma uma camada utilizada como guia em estudos estratigráficos.
Radiocronologia:
Usualmente chamada como “datação absoluta” é feita pelo estudo de elementos isótopos no processo de decaimento radioactivo.
Magnetostratigrafia:
Estuda as características magnéticas de rochas com diferentes idades. Sabe-se que há inversões na polaridade do campo magnético terrestre, ciclicamente.
Diz-se polaridade normal quando esta é igual à actual (o fluxo do campo magnético vão do pólo Sul magnético ao Norte magnético). Quanto a polaridade inversa, é o opsto.
Resistividade:
A resistividade eléctrica dos materiais é uma medida correspondente à reacção que estes têm ao fluxo de corrente eléctrica. As rochas possuem uma alta resistividade. No entanto, nem todas correspondem da mesma maneira, podendo tornar-se uma característica que pode diferenciar camadas sem estarem afloradas.
Estratigrafia Sísmica:
Consiste na emissão, recepção e registo de ondas que atravessam o material. Este corresponde de maneira diferente conforme a sua estrutura e constituição. Desta forma, é possível identificar estruturas constituintes do subsolo.
Termoluminiscência:
Propriedades que os minerais têm ao emitir luz quando expostos a baixas temperaturas. Através da comparação da intensidade da radiação nuclear com a da termoluminiscência pode determinar-se a idade do último aquecimento de o mineral sofreu. É útil, essencialmente, para a arqueologia e vulcanologia.
Referências:
VERA TORRES, J. A. – Estratigrafia: Principios y métodos – Editorial Rueda, 1994, Madrid
http://geopor.pt/gne/geocabula/faqs/tilito.html
http://www.oceanografia.ufba.br/ftp/Geologia_Marinha/AULA_6%20_Metodos_Datacao.pdf
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